A. Schopenhauer
O que mais me dói, não é ver o fim de uma relação... É ter que ver a amizade afrouxar-se e não mais ver a sua fruição... E tenho que agora,de começar tudo de novo... e me revelar novamente... conhecer novamente uma pessoa... inteirinha, ter que passar por tudo, pelo encantamento, pela ilusão, pelas desilusões... novamente.... pensar assim é cansativo, não é? Mas, não me queixo... creio ter sido o melhor momento... Sinto nas mãos o cheiro do futuro, a textura da da imaginação, o agradável frio da brisa matutina e as asas alargarem-se, e dou meu bom dia aos conhecidos desconhecidos. E assim, desprendo-me do passado e sento no agora a materialidade da vida! Sinto estar em parte nenhuma.. Esgoto essa memória, em uma gaveta de lembranças, que muitas lá já guardada, já nem sei o que são...
Soneto da Obsessão
Meu pensamento é incompleto, incoerente, vagando, só, sobre alto campo verdejante. Buscando sempre, com o olhar mais adiante, algo que adie seu tão triste eternamente.E com um toque, se incorpore simplesmente, podendo, enfim,perder-se em sonho esvoaçante, fazer-se todo um carinhoso e mero amante, em vista ao mundo sendo um simples indigente.
E novamente, novamente, novamente...
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