sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O fim...

Por vezes, quando ouço música, o meu espírito compraz-se a pensar que, a minha vida, a vida de todos os homens, mais não são que sonhos, e que cada morte, mais não é que um despertar.
A. Schopenhauer


O que mais me dói, não é ver o fim de uma relação... É ter que ver a amizade afrouxar-se e não mais ver a sua fruição... E tenho que agora,de começar tudo de novo... e me revelar novamente... conhecer novamente uma pessoa... inteirinha, ter que passar por tudo, pelo encantamento, pela ilusão, pelas desilusões... novamente.... pensar assim é cansativo, não é? Mas, não me queixo... creio ter sido o melhor momento... Sinto nas mãos o cheiro do futuro, a textura da da imaginação, o agradável frio da brisa matutina e as asas alargarem-se, e dou meu bom dia aos conhecidos desconhecidos. E assim, desprendo-me do passado e sento no agora a materialidade da vida! Sinto estar em parte nenhuma.. Esgoto essa memória, em uma gaveta de lembranças, que muitas lá já guardada, já nem sei o que são...

Soneto da Obsessão

Meu pensamento é incompleto, incoerente, vagando, só, sobre alto campo verdejante. Buscando sempre, com o olhar mais adiante, algo que adie seu tão triste eternamente.

E com um toque, se incorpore simplesmente,
podendo, enfim,perder-se em sonho esvoaçante, fazer-se todo um carinhoso e mero amante, em vista ao mundo sendo um simples indigente.

Irá tornar-se unicamente a coisa amada; unido a sonhos desvairados, delirantes, perder-se inteiro em seu sabor doce e ardente

No amanhecer sentir a brisa na sacada, querer provar o doce gosto a todo instante:
E novamente, novamente, novamente...

...Porque os sonhos possuem tantas vezes mais realidade que a própria vida...

Nenhum comentário: