Passei esse conto pra algumas pessoas, mas eu acabei reformulando por achar que o contexto temporal tenha ficado um tanto ruim!
Essa historia conta sobre minha personagem de RPG e na verdade seria um episodio aleatorio apos a verdadeira historia, q um dia irei escrever srsrsrs, preciso de muita coragem pra colocar ela no papel, bem vamos a historia.
*Marcas*
Houve um grande silêncio quando Alina recebeu a trágica notícia. Um rapaz tinha dizimado uma aldeia inteira, sem nenhum motivo aparente, ninguém sabia quem era o culpado. Mas ela tinha uma suspeita, Blashter ...
Ele sempre foi conhecido por ser o mais bravo guerreiro, nas aldeias que passava não deixava de ajudar a quem precisava e tinha um doce sorriso àqueles que passavam. Era amado e respeitado por todos. Ninguém poderia imaginar que aquele ser tão angelical pudesse cometer tal crime. Ela pensava...por quê ele faria isso? Mas ao passar por ele, ninguém imaginaria...
Ao anoitecer, Blashter estava próximo ao rio, dentro da floresta, onde gostava de meditar, seu lugar favorito. Rente ao seu corpo jazia sua espada banhada pelo sangue inocente, lá ele olhava o percurso das águas, imaginando que tanto elas, quanto ele, com o passar do tempo jamais seriam os mesmos, e era verdade, havia muito tempo em que Blashter não sorria, não era mais a amável criatura de antes. Seu olhar tornara-se vítreo e distante. O amor das pessoas se transformara em temor. E a solidão era sua fiel companheira.
Ele era belo, muito belo! Tinha uma pele perfeita, os traços bem desenhados. Sua presença era marcante. A voz e os movimentos davam-lhe certa sensualidade. Ainda assim, por dentro não parecia nem um pouco com sua aparência enganadora.
_ O que faz aqui? – perguntou ele com uma voz ríspida. Alina o observava, ela sabia que o acharia ali.
_ Por que matou aquelas pessoas? - Respondeu com uma suave voz, quase infantil.
_ Meus dias estavam muito vazios. Um tédio...
_ Não é o único que sofre nessa terra, sabia? Você é um fraco!
_ E quem é você para me julgar...
_ Sofro por ver você nesse estado...Acredite, não vale a pena...
_Cale a boca! Você não sabe nada! A vida... As pessoas... É tudo muito dissimulado...
_ Você tem razão! Mas, nem todas as pessoas são más como as que te fizeram sofrer. Fui eu quem o fiz mudar tanto assim?
_ Alina, você é tão ingênua. Nem todas as pessoas são más? Pegue o homem mais humilde que conhece e ofereça-lhe poder. Em pouco tempo, terá um monstro dos mais sádicos na sua frente. Não, não foi você. – Ergueu-se desviando o olhar do da bela jovem que estava a sua frente. O sol extinguia-se por entre os montes, banindo de uma vez a luz do dia. A escuridão noturna tocou a superfície inquieta das águas, tornando o azul transparente do rio em uma mortalha escura. Ele olhou para o céu, sorriu satisfeito e caminhou entre as grandes árvores. – Você fez um grande bem ao me deixar.
A pequena elfa esboçava uma expressão de abandono.
_ Sabe quando você está andando, em meio a uma tempestade, e se depara com um abismo, e você tem que passar por ele? Já passei por muitos. E é justamente por isso que perecemos. Porque, quando derrotados, esperamos olhar para cima, e encontrar a face do que é grandioso, imponente. Mas seu olhar... Essa é a face que encara todos os perdedores não é?
_Você acha que não sinto o mesmo que você?
As muitas nuvens tornaram-se negras. E pequenas gotas caiam pesadas, sem destino. As águas do rio então, corriam com pressa. As gotas pareciam lágrimas...Sim, lágrimas que Alina já derramara tantas vezes, sem ninguém saber. – Eu... Eu não sabia...
Os dois se observavam, numa guerra de olhares nunca antes travada daquela forma. Notara que ela ficara vermelha de vergonha. Mas, não... Não poderia pensar em viver novamente tudo o que acontecera a eles outrora...
“Gostei muito desta garota... Alina... Seus enormes e belos olhos verde mar e seus cabelos azuis tão compridos... Seu jeito de menina sempre conseguia tirar o melhor de mim. E eu me apaixonei por ela, não uma, mas milhões de vezes”.- confessava para si mesmo.
Imóveis ficaram até o findar da chuva, perplexa não entendia porque tinha se jogado aos braços de Blashter, entre eles ela se sentia segura, e novamente feliz. Blashter observava a bela menina entre seus braços, sentia-se arder sem poder fazer nada...Mas aquela chance era única, para ambos.
Sutilmente tocou com a ponta dos dedos o delicado rosto de Alina, ela cerrou os olhos. Sentindo o coração apertado, a respiração ofegante, o tempo parado. Envoltos nos braços um do outro, perceberam que haviam se entregado a um tênue beijo. Alina receosa quis parar, porém seus lábios faziam o contrário. Era um sonho!
Um trovão anunciou que cairia uma nova tempestade, porém ninguém procurou por abrigo. Eles se olhavam perdidos. Blashter conhecia perfeitamente aquele sentimento. Confusão entre o sim e o não. Era um vazio na alma, uma dor impossível de se entender por mais que ele se esforçasse.
Por que vê-la ali, tão pequena, fazia seu coração sorrir? Por que os cabelos caídos sobre a testa lhe pareciam tão macios e bonitos? De onde vinha à vontade urgente de tocá-la e afagá-la, como se fosse perdê-la?
Não agüentaria aquela dor insuportável novamente. Um vazio que nada poderia preencher. Raiva, angústia, frustração...Amor! Ódio e amor. Duas faces de uma mesma moeda. Dizem que o ódio em sua essência é resultado do amor mais puro. Seria esta a razão? Odiaria tanto aquela menina, como um reflexo do amor insano que sempre sentira?
As delicadas mãos da elfa tocavam suas costas. Sentia seu calor, experimentava o perfume suave de rosas silvestres que ela costumava usar. Sentiu lágrimas escorrendo por seu rosto e demorou a perceber que eram suas. Chorava por uma época em que acreditava que seria feliz, que tinha tudo o que queria. Ela era perfeita. Tudo o que sempre sonhara e vê-la ali parecia à resposta de todos os seus pedidos.
Tocou os cabelos sedosos e a puxou para junto de si, abraçando-a. O seu coração tremia, não sabia como explicar o turbilhão de pensamentos que invadiam sua mente. A entrega e a separação. Havia sempre duas escolhas, dois caminhos. Amor pleno, segurança, paz... Ódio, frustração, fraqueza, frio... E em um gesto automático afastou-a, fazendo-a cair sobre a grama molhada. As lágrimas rolavam pelo seu rosto, frias como as gotas de chuva. E ela sabia qual era sua resposta.
Deu as costas a Alina. Sentia suas mãos tremendo e um zumbido incômodo na cabeça. – O que estou fazendo? - Queria voltar certamente, mas era tarde demais. Caminhou passo a passo. Olhou de relance para trás e só enxergou o breu, como se a noite tivesse sugado todo e qualquer sinal de vida ao seu redor. Sabia que não podia mais tê-la. Confuso, ele estava perdido para sempre nas densas trevas. Partiu então, sem caminho, sentindo ainda o perfume dela nos seus lábios.
Houve um grande silêncio quando Alina recebeu a trágica notícia. Um rapaz tinha dizimado uma aldeia inteira, sem nenhum motivo aparente, ninguém sabia quem era o culpado. Mas ela tinha uma suspeita, Blashter ...
Ele sempre foi conhecido por ser o mais bravo guerreiro, nas aldeias que passava não deixava de ajudar a quem precisava e tinha um doce sorriso àqueles que passavam. Era amado e respeitado por todos. Ninguém poderia imaginar que aquele ser tão angelical pudesse cometer tal crime. Ela pensava...por quê ele faria isso? Mas ao passar por ele, ninguém imaginaria...
Ao anoitecer, Blashter estava próximo ao rio, dentro da floresta, onde gostava de meditar, seu lugar favorito. Rente ao seu corpo jazia sua espada banhada pelo sangue inocente, lá ele olhava o percurso das águas, imaginando que tanto elas, quanto ele, com o passar do tempo jamais seriam os mesmos, e era verdade, havia muito tempo em que Blashter não sorria, não era mais a amável criatura de antes. Seu olhar tornara-se vítreo e distante. O amor das pessoas se transformara em temor. E a solidão era sua fiel companheira.
Ele era belo, muito belo! Tinha uma pele perfeita, os traços bem desenhados. Sua presença era marcante. A voz e os movimentos davam-lhe certa sensualidade. Ainda assim, por dentro não parecia nem um pouco com sua aparência enganadora.
_ O que faz aqui? – perguntou ele com uma voz ríspida. Alina o observava, ela sabia que o acharia ali.
_ Por que matou aquelas pessoas? - Respondeu com uma suave voz, quase infantil.
_ Meus dias estavam muito vazios. Um tédio...
_ Não é o único que sofre nessa terra, sabia? Você é um fraco!
_ E quem é você para me julgar...
_ Sofro por ver você nesse estado...Acredite, não vale a pena...
_Cale a boca! Você não sabe nada! A vida... As pessoas... É tudo muito dissimulado...
_ Você tem razão! Mas, nem todas as pessoas são más como as que te fizeram sofrer. Fui eu quem o fiz mudar tanto assim?
_ Alina, você é tão ingênua. Nem todas as pessoas são más? Pegue o homem mais humilde que conhece e ofereça-lhe poder. Em pouco tempo, terá um monstro dos mais sádicos na sua frente. Não, não foi você. – Ergueu-se desviando o olhar do da bela jovem que estava a sua frente. O sol extinguia-se por entre os montes, banindo de uma vez a luz do dia. A escuridão noturna tocou a superfície inquieta das águas, tornando o azul transparente do rio em uma mortalha escura. Ele olhou para o céu, sorriu satisfeito e caminhou entre as grandes árvores. – Você fez um grande bem ao me deixar.
A pequena elfa esboçava uma expressão de abandono.
_ Sabe quando você está andando, em meio a uma tempestade, e se depara com um abismo, e você tem que passar por ele? Já passei por muitos. E é justamente por isso que perecemos. Porque, quando derrotados, esperamos olhar para cima, e encontrar a face do que é grandioso, imponente. Mas seu olhar... Essa é a face que encara todos os perdedores não é?
_Você acha que não sinto o mesmo que você?
As muitas nuvens tornaram-se negras. E pequenas gotas caiam pesadas, sem destino. As águas do rio então, corriam com pressa. As gotas pareciam lágrimas...Sim, lágrimas que Alina já derramara tantas vezes, sem ninguém saber. – Eu... Eu não sabia...
Os dois se observavam, numa guerra de olhares nunca antes travada daquela forma. Notara que ela ficara vermelha de vergonha. Mas, não... Não poderia pensar em viver novamente tudo o que acontecera a eles outrora...
“Gostei muito desta garota... Alina... Seus enormes e belos olhos verde mar e seus cabelos azuis tão compridos... Seu jeito de menina sempre conseguia tirar o melhor de mim. E eu me apaixonei por ela, não uma, mas milhões de vezes”.- confessava para si mesmo.
Imóveis ficaram até o findar da chuva, perplexa não entendia porque tinha se jogado aos braços de Blashter, entre eles ela se sentia segura, e novamente feliz. Blashter observava a bela menina entre seus braços, sentia-se arder sem poder fazer nada...Mas aquela chance era única, para ambos.
Sutilmente tocou com a ponta dos dedos o delicado rosto de Alina, ela cerrou os olhos. Sentindo o coração apertado, a respiração ofegante, o tempo parado. Envoltos nos braços um do outro, perceberam que haviam se entregado a um tênue beijo. Alina receosa quis parar, porém seus lábios faziam o contrário. Era um sonho!
Um trovão anunciou que cairia uma nova tempestade, porém ninguém procurou por abrigo. Eles se olhavam perdidos. Blashter conhecia perfeitamente aquele sentimento. Confusão entre o sim e o não. Era um vazio na alma, uma dor impossível de se entender por mais que ele se esforçasse.
Por que vê-la ali, tão pequena, fazia seu coração sorrir? Por que os cabelos caídos sobre a testa lhe pareciam tão macios e bonitos? De onde vinha à vontade urgente de tocá-la e afagá-la, como se fosse perdê-la?
Não agüentaria aquela dor insuportável novamente. Um vazio que nada poderia preencher. Raiva, angústia, frustração...Amor! Ódio e amor. Duas faces de uma mesma moeda. Dizem que o ódio em sua essência é resultado do amor mais puro. Seria esta a razão? Odiaria tanto aquela menina, como um reflexo do amor insano que sempre sentira?
As delicadas mãos da elfa tocavam suas costas. Sentia seu calor, experimentava o perfume suave de rosas silvestres que ela costumava usar. Sentiu lágrimas escorrendo por seu rosto e demorou a perceber que eram suas. Chorava por uma época em que acreditava que seria feliz, que tinha tudo o que queria. Ela era perfeita. Tudo o que sempre sonhara e vê-la ali parecia à resposta de todos os seus pedidos.
Tocou os cabelos sedosos e a puxou para junto de si, abraçando-a. O seu coração tremia, não sabia como explicar o turbilhão de pensamentos que invadiam sua mente. A entrega e a separação. Havia sempre duas escolhas, dois caminhos. Amor pleno, segurança, paz... Ódio, frustração, fraqueza, frio... E em um gesto automático afastou-a, fazendo-a cair sobre a grama molhada. As lágrimas rolavam pelo seu rosto, frias como as gotas de chuva. E ela sabia qual era sua resposta.
Deu as costas a Alina. Sentia suas mãos tremendo e um zumbido incômodo na cabeça. – O que estou fazendo? - Queria voltar certamente, mas era tarde demais. Caminhou passo a passo. Olhou de relance para trás e só enxergou o breu, como se a noite tivesse sugado todo e qualquer sinal de vida ao seu redor. Sabia que não podia mais tê-la. Confuso, ele estava perdido para sempre nas densas trevas. Partiu então, sem caminho, sentindo ainda o perfume dela nos seus lábios.
Lucy- 02/02/07.